sábado, 17 de abril de 2010

Já não sei se é choro ou se escorro...
E que espécie de tristeza mora aí dentro do teu coração?
Eu acreditei em uma coisa e fui onde tive de ir,
Fui sem medir, sem muito ponderar,
Eu precisava estar lá e me ocupei em espaço
Não mais pensamento, era corpo, alí, parado, olhando...
Eu olhei, até que o meu corpo recebeu ordem de deitar-se
Eu me mantive deitada, distante, estática
Até que o meu corpo recebeu ordem de envolver-se
Eu me envolvi através dos olhos e do corpo que se deu a um abraço
Eu me mantive alí, naquele lugar
Sendo abraço-presença, olho-distancia
O meu corpo ja não recebia ordens
A imposição fazia-se ação
E já não cabia a ele juga-las
Meu corpo era conduzido, envolvido, desejado...
O que se dizia eu quase já não escutava
Meu corpo foi sendo cercado, abafado, possuído...
Meu corpo já não era meu
E eu já não mais estava naquele lugar
Acho que nunca estive.

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