sexta-feira, 19 de outubro de 2012



O telefone tocou.
Ela levantou-se atenta, quase apressada
O tomou nas mãos, recolhendo-se...
Ele parou.
Ela o olhou...Sem pressa, o tomou mais uma vez.
Apressado só seu coração
Ela já não.
O olho se via hipnotizado... Hipnotizando-a
A boca vezes canto, vezes palavra, todas elas quase dispersas.
Ele tocou mais uma vez...
Até esgotar seu tempo.
A ele ela levou um leve olhar.
A mão, às cores, insistiu colori-la
Ao lápis os olhos
Rosa para os lábios
Ela enfeitava-se mais e mais
Numa pintura que parecia desconhecer o momento de seu fim.
Tentou chorar
Como que querendo escorrer.
Mais uma vez
Tocava.
Tocava...

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